Prostrado nesta enxerga, sinto a vida
Ir, pouco e pouco, procurando o nada;
Pra mim não há mais sol de madrugada,
Mas sim tremor da luz amortecida.
Prazeres, onde estais? Longa avenida
De amores, que trilhei nessa jornada?
Tudo acabou. E justa esta pousada,
Antes que dobre o sino da partida.
Feliz quem tem família! Tem carinho
De mãe, de esposa, e, em derredor do leito,
Não sofre o horror de achar-se tão sozinho.
Porém ao meu destino estou sujeito;
Devo, batendo as asas, sem ter ninho,
Buscar, quem sabe? Um mundo mais perfeito?
Mil atos
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Ato I - Esporte fino
A vida sofrida
na pele vivida
breve partida
Consegui o esforço
com o coração oco
leve desgosto
Nego o abraço
nesse exato
beijo no ato
Tanto fez
cara de burguês
não tenho um tostão pro mês
A falta embala
se for comida, traga
nego a desgraça
Lavo o rosto
mais esforço
o trabalho sobre o couro
(voltas no torno)
O segredo da inversão
de valores em vão
celulares na mão
O choro repetino
não é só matutino
todos vestidos em esporte-fino
na pele vivida
breve partida
Consegui o esforço
com o coração oco
leve desgosto
Nego o abraço
nesse exato
beijo no ato
Tanto fez
cara de burguês
não tenho um tostão pro mês
A falta embala
se for comida, traga
nego a desgraça
Lavo o rosto
mais esforço
o trabalho sobre o couro
(voltas no torno)
O segredo da inversão
de valores em vão
celulares na mão
O choro repetino
não é só matutino
todos vestidos em esporte-fino
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